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Governo nega translado de brasileira morta, mas mobilizou FAB para ex-primeira-dama do Peru condenada por corrupção

Contraste no tratamento expõe critérios questionáveis na política de assistência internacional do governo federal

Nadine Heredia (ex-primeira dama do Peru) e Juliana Marins

Uma aparente disparidade no tratamento dispensado pelo governo federal a casos internacionais gera controvérsia e levanta questionamentos sobre os critérios utilizados para mobilizar recursos públicos em situações no exterior.

Dois Casos, Dois Tratamentos

Em abril deste ano, o governo brasileiro concedeu asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, condenada por corrupção, e mobilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscá-la em Lima. A FAB colocou sigilo de 5 anos nos gastos da operação.
Em contraste, o governo federal se negou a custear o traslado do corpo de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que morreu na Indonésia. O Itamaraty alegou que não há previsão legal ou orçamentária para arcar com repatriação de corpos, determinando que a responsabilidade cabe à família.

Critérios Questionáveis

A disparidade é marcante: enquanto uma estrangeira condenada por corrupção recebeu tratamento VIP com aeronave militar, uma cidadã brasileira vítima de acidente não teve direito sequer ao custeio do translado de seu corpo.

O caso da ex-primeira-dama se insere em um contexto mais amplo, já que desde 2023 o ministro do STF Dias Toffoli tem atendido pedidos de 28 estrangeiros ligados aos escândalos da Odebrecht.
Repercussão.

Nas redes sociais, brasileiros manifestaram indignação com o que consideram uma inversão de prioridades. A alegação de falta de previsão orçamentária para a brasileira contrasta com a disponibilidade imediata de recursos para buscar a ex-primeira-dama do Peru.

O contraste alimenta o debate sobre as prioridades do governo federal e evidencia uma possível necessidade de revisão dos protocolos para assistência a brasileiros no exterior.

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